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Um estudo observacional recente, publicado na revista Pharmaceuticals realizado por equipe de especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e aplicado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), teve como objetivo avaliar os efeitos de um extrato fitocanabinoide de espectro completo, dominante em canabidiol (CBD), em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não sindrômico de moderado a grave.

A pesquisa foi realizada com trinta voluntários, com idades entre 5 e 18 anos, que foram submetidos a avaliações neuropsicológicas e tratados com doses individualizadas de um extrato de cannabis rico em CBD, contendo tetraidrocanabinol (THC) em uma proporção de 33:1 (CBD:THC).

As avaliações clínicas foram realizadas pelo médico designado, e os pais ou cuidadores foram entrevistados independentemente para avaliar as percepções sobre os efeitos do tratamento.

Os resultados indicaram melhorias significativas em diversos aspectos sintomáticos e não sintomáticos do TEA, incluindo:

  • Habilidades Comunicativas: Aumento nas habilidades de comunicação.
  • Atenção e Aprendizado: Melhora na atenção e no aprendizado.
  • Contato Visual: Aumento no contato visual.
  • Agressividade e Irritabilidade: Diminuição da agressividade e irritabilidade.
  • Qualidade de Vida: Melhoria geral na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.

Os efeitos adversos foram mínimos, conforme relatado tanto pelas avaliações clínicas quanto pelas percepções dos pais.

Os achados sugerem que o tratamento com extrato de cannabis de espectro completo, dominante em CBD, pode ser uma opção segura e eficaz para os sintomas principais e comórbidos do TEA, além de melhorar a qualidade de vida geral dos indivíduos com TEA e de suas famílias. No entanto, os autores destacam a necessidade de estudos adicionais para confirmar esses resultados e estabelecer diretrizes clínicas mais robustas.

Este estudo contribui para a crescente base de evidências sobre o potencial terapêutico dos fitocanabinoides no manejo de transtornos do neurodesenvolvimento, oferecendo esperança para intervenções mais eficazes e seguras no futuro.

Clique aqui e saiba mais conhecendo ao estudo na íntegra.